Muitas pessoas não se
encaminham naturalmente para o trabalho em equipe. Elas são do tipo solitário
ou pessoas que preferem ser reconhecidas por suas realizações individuais.
Existe também um grande número de organizações que, historicamente, alimentam
realizações pessoais e que criaram um ambiente de trabalho competitivo.
Uma barreira substancial
para a utilização das equipes é a resistência das pessoas. O sucesso do
funcionário não é mais definido em termos de seu desempenho individual. Para
ter um bom desempenho como membro de uma equipe, a pessoa precisa ser capaz de
se comunicar aberta e honestamente, confrontar diferenças e resolver conflitos,
bem como sublimar suas metas pessoais para o bem do grupo. Para muitos
funcionários, esta é uma tarefa difícil – quando não impossível. O desafio de
criar membros de equipes é maior quando a cultura vigente é altamente
individualista e as equipes estão sendo introduzidas em uma organização que
sempre valorizou as realizações individuais.
As opções básicas que os
gestores têm para tentar transformar indivíduos em membros de equipes são:
Seleção
Algumas pessoas já
possuem habilidades interpessoais para serem membros eficazes de equipes.
Quando se contratam membros de equipes, além das habilidades técnicas
requeridas pelo trabalho, deve-se assegurar que eles tenham condições de
desempenhar seus papéis no grupo. Muitos candidatos não possuem habilidades
para trabalhar em equipe. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles
habituados às contribuições individuais. Quando encontram esse tipo de
candidato, os executivos têm três opções básicas. O candidato pode passar por
um treinamento para se transformar em membro de equipe. Se isso não for
possível, ou não funcionar, as duas outras opções são: transferi-lo para uma
outra unidade da empresa que não trabalhe em equipe (caso exista) ou não
contratá-lo. Nas organizações já existentes e que estão se reestruturando para
o trabalho em equipe, pode-se esperar que alguns funcionários resistam a essa
mudança e nem sequer possam ser treinados. Infelizmente, esses indivíduos
acabam se tornando vítimas fatais da abordagem de equipes.
Treinamento
Em uma visão mais
otimista, uma grande parcela das pessoas habituadas aos valores individuais
pode ser treinada para se transformar em membros de equipes. Especialistas em
treinamento conduzem exercícios que permitem aos funcionários experimentar a
satisfação que a equipe de trabalho pode proporcionar. Geralmente, isso é feito
através de workshops para ajudar os funcionários a aprimorar suas habilidades
de resolução de problemas, comunicação, negociação, administração de conflitos
e gerenciamento.
Recompensas
O sistema de recompensas
precisa ser reformulado para estimular os esforços cooperativos, em vez dos
competitivos. As promoções, os aumentos de salário e outras formas de
reconhecimento devem ser dados aos indivíduos por sua eficácia como membros
colaborativos das equipes. Isso não significa que se deva ignorar a
contribuição individual; ela deve ser equilibrada com as contribuições
altruístas para o bem da equipe.
O vídeo abaixo é um
trecho de uma palestra de Gilberto Cury, presidente da SBPNL - Sociedade
Brasileira de Programação Neurolinguística, em que ele fala sobre a diferença
entre grupos e equipes e dá dicas de como melhorar o trabalho em equipe e, como
consequência todo o trabalho da empresa.
Fonte:
ROBBINS, STEPHEN P.
Comportamento organizacional. 11. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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