terça-feira, 3 de novembro de 2015

Fatores relacionados à eficácia das equipes – Composição

Esta categoria inclui as variáveis relacionadas a quem deve integrar as equipes: as habilidades e personalidades dos membros, a alocação de papéis e a diversidade, o tamanho da equipe, a flexibilidade dos membros e sua preferência pelo trabalho em equipe.
Capacidade dos membros
Parte do desempenho de uma equipe depende dos conhecimentos, habilidades e capacidades de seus membros individuais. O desempenho de uma equipe não é apenas a somatória das capacidades individuais de seus membros. Contudo, estas capacidades determinam parâmetros do que os membros podem fazer e do quão eficientes eles serão dentro da equipe. Para funcionar eficazmente, uma equipe precisa de pessoas com conhecimentos técnicos, pessoas com habilidades para solução de problemas e tomada de decisões, que sejam capazes de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas alternativas e fazer escolhas competentes. As equipes também precisam de pessoas que saibam ouvir, que deem feedback, solucionem conflitos e possuam outras habilidades interpessoais.
Personalidade
A personalidade tem influência significativa sobre o comportamento da equipe. As equipes com níveis médios elevados de extroversão, amabilidade, consciência e estabilidade emocional costumam receber avaliações mais altas pelo seu desempenho. Mas misturar pessoas altamente conscientes com outras nem tão conscientes pode prejudicar o desempenho da equipe, isso porque essa diversidade pode conduzir a uma sensação de injustiça nas contribuições. Um único membro da equipe que não possua um nível mínimo de amabilidade, por exemplo, pode afetar negativamente todo o desempenho da equipe. Portanto, a inclusão de uma única pessoa que deixe a desejar em amabilidade, consciência ou extroversão pode resultar no desgaste dos processos internos da equipe e reduzir o seu desempenho geral.
Alocação dos papéis
As equipes possuem necessidades diferentes e as pessoas devem ser selecionadas para a equipe de modo a assegurar que todos os papéis sejam preenchidos. As equipes bem sucedidas têm pessoas para todos esses papéis e são selecionadas de acordo com suas habilidades e preferências. É importante que os executivos compreendam os pontos fortes que cada pessoa pode levar para a equipe, selecionem os membros tendo em mente esses pontos fortes e distribuam as atribuições de trabalho de maneira que se ajuste aos estilos preferidos pelos membros. Dessa forma, aumenta-se a probabilidade de que os membros trabalhem bem juntos.
Diversidade
A maior parte das atividades de uma equipe requer variedade de habilidades e conhecimentos, por isso, é razoável supor que as equipes compostas por pessoas diferentes entre si têm maior probabilidade de contar com diversidade de habilidades e de informações, além de serem mais eficazes.
Quando os membros são diferentes existe uma maior probabilidade de que a equipe possua as características necessárias para realizar suas tarefas de forma eficaz. A equipe pode ter uma carga maior de conflitos e menos expediente quando se introduzem e se assimilam mais posições diversas, mas as evidências confirmam que os grupos heterogêneos têm melhor desempenho do que os homogêneos, visto que a diversidade promove o conflito, que estimula a criatividade e conduz à melhoria do processo de tomada de decisão.
Tamanho das equipes
De maneira geral, as equipes mais eficazes são compostas por menos de dez elementos. Os especialistas sugerem a utilização do menor número possível de membros para a realização de uma tarefa. Quando a equipe tem excesso de componentes, seus membros terão dificuldades de desenvolver a coesão, o comprometimento e a responsabilidade mútua, e a “folga” social aumenta, com as pessoas fazendo cada vez menos. Desta forma, ao projetar equipes eficazes, os executivos devem manter o número pequeno de membros.
Flexibilidade dos membros
As equipes formadas por indivíduos flexíveis possuem membros que podem completar as tarefas uns dos outros. Esse é um diferencial obviamente positivo já que aumenta sua adaptabilidade e deixa a equipe menos dependente de um único membro. A seleção de membros que valorizam a flexibilidade e seu treinamento para que realizem as tarefas uns dos outros pode levar um melhor desempenho da equipe com o passar do tempo.
Preferência dos membros
Nem todo funcionário é membro potencial de equipe. Quando as pessoas que preferem trabalhar sozinhas são requisitadas para o trabalho em equipe, há uma ameaça direta ao moral do grupo e à satisfação individual de seus membros. Ao selecionar os membros da equipe, devem-se considerar as preferências individuais da mesma forma que as habilidades, personalidades e capacidades. As equipes com excelente desempenho geralmente são compostas por pessoas que preferem trabalhar em grupo.



O artigo “Perfil das competências em equipes de projetos”, de Roque Rabechini Junior e Marly Monteiro de Carvalho, apresenta uma pesquisa realizada com gerentes e técnicos de projeto de empresas de diversos setores. A análise pautou-se em aspectos relacionados à formação de competências em equipes de projetos. Veja o trabalho completo no link abaixo:

 Fonte:
ROBBINS, STEPHEN P. Comportamento organizacional. 11. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.


Um comentário:

  1. Dentre as variáveis relacionadas a quem deve integrar as equipes a que mais me chama atenção é Flexibilidade dos membros, pois todos tem que entender as tarefas dos outros.

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