Esta categoria inclui as
variáveis relacionadas a quem deve integrar as equipes: as habilidades e
personalidades dos membros, a alocação de papéis e a diversidade, o tamanho da
equipe, a flexibilidade dos membros e sua preferência pelo trabalho em equipe.
Capacidade dos membros
Parte do desempenho de
uma equipe depende dos conhecimentos, habilidades e capacidades de seus membros
individuais. O desempenho de uma equipe não é apenas a somatória das
capacidades individuais de seus membros. Contudo, estas capacidades determinam
parâmetros do que os membros podem fazer e do quão eficientes eles serão dentro
da equipe. Para funcionar eficazmente, uma equipe precisa de pessoas com
conhecimentos técnicos, pessoas com habilidades para solução de problemas e
tomada de decisões, que sejam capazes de identificar problemas, gerar
alternativas, avaliar essas alternativas e fazer escolhas competentes. As
equipes também precisam de pessoas que saibam ouvir, que deem feedback, solucionem
conflitos e possuam outras habilidades interpessoais.
Personalidade
A personalidade tem
influência significativa sobre o comportamento da equipe. As equipes com níveis
médios elevados de extroversão, amabilidade, consciência e estabilidade
emocional costumam receber avaliações mais altas pelo seu desempenho. Mas
misturar pessoas altamente conscientes com outras nem tão conscientes pode
prejudicar o desempenho da equipe, isso porque essa diversidade pode conduzir a
uma sensação de injustiça nas contribuições. Um único membro da equipe que não
possua um nível mínimo de amabilidade, por exemplo, pode afetar negativamente
todo o desempenho da equipe. Portanto, a inclusão de uma única pessoa que deixe
a desejar em amabilidade, consciência ou extroversão pode resultar no desgaste dos
processos internos da equipe e reduzir o seu desempenho geral.
Alocação dos papéis
As equipes possuem
necessidades diferentes e as pessoas devem ser selecionadas para a equipe de
modo a assegurar que todos os papéis sejam preenchidos. As equipes bem
sucedidas têm pessoas para todos esses papéis e são selecionadas de acordo com
suas habilidades e preferências. É importante que os executivos compreendam os
pontos fortes que cada pessoa pode levar para a equipe, selecionem os membros
tendo em mente esses pontos fortes e distribuam as atribuições de trabalho de
maneira que se ajuste aos estilos preferidos pelos membros. Dessa forma,
aumenta-se a probabilidade de que os membros trabalhem bem juntos.
Diversidade
A maior parte das
atividades de uma equipe requer variedade de habilidades e conhecimentos, por
isso, é razoável supor que as equipes compostas por pessoas diferentes entre si
têm maior probabilidade de contar com diversidade de habilidades e de
informações, além de serem mais eficazes.
Quando os membros são
diferentes existe uma maior probabilidade de que a equipe possua as
características necessárias para realizar suas tarefas de forma eficaz. A
equipe pode ter uma carga maior de conflitos e menos expediente quando se
introduzem e se assimilam mais posições diversas, mas as evidências confirmam
que os grupos heterogêneos têm melhor desempenho do que os homogêneos, visto que a diversidade
promove o conflito, que estimula a criatividade e conduz à melhoria do processo
de tomada de decisão.
Tamanho das equipes
De maneira geral, as
equipes mais eficazes são compostas por menos de dez elementos. Os
especialistas sugerem a utilização do menor número possível de membros para a
realização de uma tarefa. Quando a equipe tem excesso de componentes, seus membros
terão dificuldades de desenvolver a coesão, o comprometimento e a responsabilidade
mútua, e a “folga” social aumenta, com as pessoas fazendo cada vez menos. Desta
forma, ao projetar equipes eficazes, os executivos devem manter o número pequeno
de membros.
Flexibilidade dos membros
As equipes formadas por indivíduos
flexíveis possuem membros que podem completar as tarefas uns dos outros. Esse é
um diferencial obviamente positivo já que aumenta sua adaptabilidade e deixa a
equipe menos dependente de um único membro. A seleção de membros que valorizam
a flexibilidade e seu treinamento para que realizem as tarefas uns dos outros
pode levar um melhor desempenho da equipe com o passar do tempo.
Preferência dos membros
Nem todo funcionário é
membro potencial de equipe. Quando as pessoas que preferem trabalhar sozinhas
são requisitadas para o trabalho em equipe, há uma ameaça direta ao moral do
grupo e à satisfação individual de seus membros. Ao selecionar os membros da
equipe, devem-se considerar as preferências individuais da mesma forma que as
habilidades, personalidades e capacidades. As equipes com excelente desempenho
geralmente são compostas por pessoas que preferem trabalhar em grupo.
O artigo “Perfil das
competências em equipes de projetos”, de Roque Rabechini Junior e Marly
Monteiro de Carvalho, apresenta uma pesquisa realizada com gerentes e técnicos
de projeto de empresas de diversos setores. A análise pautou-se em aspectos
relacionados à formação de competências em equipes de projetos. Veja o trabalho
completo no link abaixo:
Fonte:
ROBBINS, STEPHEN P.
Comportamento organizacional. 11. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
Dentre as variáveis relacionadas a quem deve integrar as equipes a que mais me chama atenção é Flexibilidade dos membros, pois todos tem que entender as tarefas dos outros.
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